14.5.15

RADAR

    (É um blog de poesia?
     Pois também o lê a CIA...)

     Luís Filipe Castro Mendes


A CIA lê e relê
o que pode e o que não pode,
sobretudo se treslê
o que vê nalgum blogue.

Se ao Tim Tim no Tibet
segue os passos, na penumbra,
para ver se o compromete
de mãos dadas com a sombra

de um oximoro exótico
que não saiba decifrar
através do nervo óptico,

do olho do seu radar,
fica com ar psicótico,
mas mantém-se a espiolhar.

© Domingos da Mota

[inédito,
a partir da leitura do poema PUBLICIDADE, de Luís Filipe Castro Mendes, na sua página do Facebook]