Pero Passos, passarão,
ergue a crista no poleiro,
um tudo-nada capão
no papel de timoneiro,
com a pose de tenor
e o bico recurvado,
impassível despudor,
obsceno arrazoado
por demais constrangedor,
pois bastante enviesado
sob o manto de rigor,
Pero tão despassarado.
Pero Passos passarinha
como um galo empertigado,
um tudo-nada, nadinha
convincente sobre o estado
que posterga da vidinha,
das andanças do passado.
Pero adeus, ai Deus e u é,
quanto antes vá ciscar
para longe do meu pé,
muito longe do lugar
por onde faz finca-pé
de sem dó pisotear.
© Domingos da Mota
Esplêndido :)
ResponderEliminarRicardo António Alves,
EliminarGrato pela apreciação.
Do mais fino recorte!
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