Porque o poema é sempre contra o vómito.
Porque o poema é sempre, SOBRETUDO,
contra engolir o vómito.
Vasco Gato
Uma fossa, uma latrina,
um esgoto repugnante,
um rato que congemina
ser o Inferno de Dante;
um caga-raiva mais sujo,
mais empestado que as fezes,
mais reles que um sabujo,
mais desprezível, mil vezes,
a vomitar o seu ódio
com insultos viscerais,
um verme que busca o pódio
entre vírus e demais
bactérias resistentes,
a julgar-se um Tiradentes.
© Domingos da Mota
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