Toma. Isso. Bebe tudo. É
um Porto de 85. Delidos pelo sofá deixemos
que deste vinho nos dê de beber
Dioniso. Escolher um sofá de sala
já devia precaver duas ou três características:
ser largo como o fastio
(profundo
como o quebranto) tão
longo como a preguiça. Isso. Mais?
Bebe tudo. Há
depois esses que adestram
(ébrios de vinho e poesia) o
tédio da burguesia.
João Luís Barreto Guimarães
Poesia Reunida, Posfácio de José Ricardo Nunes, Quetzal Editores, Lisboa, Outubro de 2011
(Nota: no v. 4.º deste poema, na edição do livro Luz Última, em vez de Dioniso, lê-se, Dionísio).
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