9.10.12

Do poema como contrato social

Comércio bilingue, o poema precisa da troca,
sobretudo se inútil,
da espontaneidade de poucos, dessa ideia de passagem,
de derrocadas e do silêncio que lhes sucede,
precisa de descendências particularmente radicais
do relâmpago ou de um absurdo ainda maior
para se tornar próximo

O poema é conversa humana
palavra que recuperamos
ao abandonar

José Tolentino Mendonça

ESTAÇÃO CENTRAL, Assírio & Alvim, Lisboa, Setembro de 2012

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