Comércio bilingue, o poema precisa da troca,
sobretudo se inútil,
da espontaneidade de poucos, dessa ideia de passagem,
de derrocadas e do silêncio que lhes sucede,
precisa de descendências particularmente radicais
do relâmpago ou de um absurdo ainda maior
para se tornar próximo
O poema é conversa humana
palavra que recuperamos
ao abandonar
José Tolentino Mendonça
ESTAÇÃO CENTRAL, Assírio & Alvim, Lisboa, Setembro de 2012
Sem comentários:
Enviar um comentário