- A tristeza não tem futuro,
sussurra-me esta sexta de Março.
Eu amaldiçoo as nuvens escuras,
e ela desperta uma torrente de pássaros.
Eu só vejo sangue nas coisas,
ela lava com água as minhas mãos.
O café não me sabe a manhã,
e ela sugere promessas de sábado.
- A esperança é a última a morrer,
repete-me esta sexta de Março.
Os jornais cheiram a morte,
e ela traz-me uma página em branco.
Ángel Mendoza
criatura N.º 6 . Novembro . 2011, Selecção e tradução de Inês Dias, Organizado pelo Núcleo Autónomo Calíope da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa
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