IX
Corpos.
Rijos, secos
como troncos velhos.
Cepos.
Charcos de cachaça
e de suor.
Marés de força baça,
roída
e carcomida
de sóis e de torpor.
Mirrando.
Como os frutos
murchando,
como águas a estagnar.
Atlânticos mortos
de mundos a secar.
O sol e a selva
sem destroços.
- A vida é fome
à flor dos ossos.
Carlos de Oliveira
TURISMO, in NOVO CANCIONEIRO, Prefácio, Organização e Notas de Alexandre Pinheiro Torres, Editorial Caminho, Lisboa, Dezembro de 1989
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